quinta-feira, 12 de junho de 2008

Malandrice de Santo António!

És talvez dos solteirões
o que mais me faz palpitar
Não sei se por andares de safões
Ou se por me pores a suar!

Vê tu bem, Cardoso amado
Que até ando de abanico
Desmancha-me o penteado
E leva-me ao bailarico.

Anda dai, Perpétua querida
Solta a fera que há em ti
Alça a perna, mesmo dorida
E rola comigo no ti-ti-ti

És tão linda, tão formosa
Coisa mais perfeita não há
Gosto tanto que sejas gulosa
Que até te levava ao Seará

Ai cardoso, tanta atenção
Levas-me a mim à loucura
Cuidado com a inflamação
Não me dês cabo da ossadura!

Oh! Mulher, deixa-te disso
Dá-me um beijo que já passa
Volta-te lá p’ó chouriço
Que eu já vi que és de raça!